quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Permacultura

Julho 17, 2009


A permacultura é um método holístico para planejar, atualizar e manter sistemas de escala humana (jardins, vilas, aldeias e comunidades) ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente viáveis.

mandala da permacultura

mandala da permacultura

Foi criada pelos ecologistas australianos Bill Mollison e David Holmgren na década de 1970. O termo, cunhado na Austrália, veio de permanent agriculture, e mais tarde se estendeu para significar permanent culture. A sustentabilidade ecológica, idéia inicial, estendeu-se para a sustentabilidade dos assentamentos humanos.

Os princípios da Permacultura vem da posição de Mollison de que “a única decisão verdadeiramente ética é cada um tomar para si a responsabilidade de sua própria existência e da de seus filhos” (Mollison, 1990). A ênfase está na aplicação criativa dos princípios básicos da natureza, integrando plantas, animais, construções, e pessoas em um ambiente produtivo e com estética e harmonia. E, neste ponto encontra paralelos com a Agricultura Natural, que sendo difundida intencionalmente pelas pesquisas de Masanabu Fukuoka por todo o mundo, chegaram as mãos dos senhores fundadores da permacultura e foram por eles desenvolvidas.

Permacultura é uma síntese das práticas agrícolas tradicionais com idéias inovadoras. Unindo o conhecimento secular às descobertas da ciência moderna, proporcionando o desenvolvimento integrado da propriedade rural de forma viável e segura para o agricultor familiar.

A permacultura, além de ser um método para planejar sistemas de escala humana, proporciona uma forma sistêmica de se visualizar o mundo e as correlações entre todos os seus componentes. Serve, portanto, como meta-modelo para a prática da visão sistêmica, podendo ser aplicada em todas as situações necessárias, desde como estruturar o habitat humano até como resolver questões complexas do mundo empresarial.

Permacultura é a utilização de uma forma sistêmica de pensar e conceber princípios ecológicos que podem ser usados para projetar, criar, gerir e melhorar todos os esforços realizados por indivíduos, famílias e comunidades no sentido de um futuro sustentável.

A Permacultura origina-se de uma cultura permanente do ambiente. Estabelecer em nossa rotina diária, hábitos e costumes de vida simples e ecológicos – um estilo de cultura e de vida em integração direta e equilibrada com o meio ambiente, envolvendo-se cotidianamente em atividades de auto-produção dos aspectos básicos de nossas vidas referentes a abrigo, alimento, transporte, saúde, bem-estar, educação e energias sustentáveis. (RICIARDI, Ju. 2008)

Pode se dizer que os três pilares da Permacultura são: Cuidado com a Terra, Cuidado com as Pessoas e Repartir os excedentes

No Brasil existe desde 2007 um Coletivo de Permacultores – Coletivo Permacultores que tem difundido a permacultura de forma diferenciada, criando vivências permaculturais e formação em Permacultura e Bioconstrução.

AUTOSSUSTENTABILIDADE

é um conceito em ecologia que define a exploração de recursos naturais em base não-predatória. Isto significa a implementação ou a racionalização de projetos de exploração de modo que:

  1. Causem mínimo impacto sobre o meio-ambiente circundante, e sobre os recursos que não são diretamente utilizados pelo projeto;
  2. Dêem tempo à natureza de recompor os recursos renováveis de interesse do projeto;
  3. Tenham retorno monetário suficiente para o sustento das pessoas envolvidas e suas famílias com dignidade (sem carestia), de modo que não precisem super-explorar o meio, ou recorrer a outras práticas predatórias, para complementarem sua renda.

AGRICULTURA ORGÂNICA

Agricultura orgânica ou agricultura biológica é o termo frequentemente usado para a produção de alimentos e produtos animais e vegetais que não faz uso de produtos químicos sintéticos ou alimentos geneticamente modificados, e geralmente adere aos princípios de agricultura sustentável. A sua base é holística e põe ênfase no solo. Os seus proponentes acreditam que num solo saudável, mantido sem o uso de fertilizantes e pesticidas feitos pelo homem, os alimentos tenham qualidade superior a de alimentos convencionais. Em diversos países, incluindo os Estados Unidos (NOP – National Organic Program), o Japão (JAS – Japan Agricultural Standard), a Suíça (BioSuisse) a União Europeia (CEE 2092/91), a Austrália (AOS – Australian Organic Standard / ACO – Australia Certified Organic) e o Brasil (ProOrgânico – Programa de Desenvolvimento da Agricultura Orgânica [→ IN007]), a agricultura orgânica é definida por lei e regulamentada pelo governo.

Sistema de produção que exclui o uso de fertilizantes, agrotóxicos e produtos reguladores de crescimento, tem como base o uso de estercos animais, rotação de culturas, adubação verde, compostagem e controle biológico de pragas e doenças. Esse sistema pressupõe a manutenção da estrutura e da profundidade do solo, sem alterar suas propriedades por meio do uso de produtos químicos e sintéticos. A agricultura orgânica está diretamente relacionada ao desenvolvimento sustentável.

O mundo está cada vez mais rápido e o homem, por necessidade, acompanha a rapidez das máquinas em sua vida. Nesse processo, o homem é desvirtuado do processo produtivo particular de produção de comida, tornando-se ou um consumidor ou um produtor capitalista de gêneros alimentares. Nessa nova ordem econômica, não há mais espaço, ou justificativa econômica de mercado para o pequeno produtor ou o produtor da própria comida. O movimento orgânico nasce para se opor a esse sistema vigente.

Qualidade de vida. Para os adeptos do movimento orgânico, um mundo cada vez mais automatizado e dependente da tecnologia não exclui a viabilidade de uma produção sustentável, que respeite o solo, o ar, as matrizes energéticas e principalmente o ser humano.

Mesmo com a viabilidade de uma produção ecológica, de fato, as pessoas que se alimentam de sua produção agrícola são vistas na sociedade como radicais; já que um retrocesso na produtivade, que alcançou um patamar muito elevado desde os primeiros fertilizantes (síntese de Haber-Bosch pelo químico alemão Fritz Haber), é visto aos olhos de muitos como um retrocesso da própria sociedade. Agir contra alienação do homem dos processos produtivos de alimento. A produção orgânica age em verdade contra os efeitos perversos da contemporaneidade, incluindo entre as idéias de seus defensores, conceitos religiosos, econômicos, ecológicos, práticos e ideológicos; sendo o exemplo religioso o budismo, o econômico a inserção de renda em famílias pobres e a quebra do cartel do oligopólio da Bayer e Monsanto, do ecológico a proteção do solo contra erosão e lixiação, além da proteção das águas dos rios, do prático a possibilidade de plantar em terrenos particulares e se aproximar da terra e do ideológico, a crença em um mundo melhor possibilitado por uma produção que favoreça uma melhor qualidade de vida e a sustentabilidade do ambiente.

Princípios

  • O solo é considerado uma organismo vivo e deve ser revolvido o mínimo possível;
  • Uso de adubos orgânicos de baixa solubilidade;
  • Controle com medidas preventivas e produtos naturais;
  • O mato (ervas daninhas) faz parte do sistema. Pode ser usado como cobertura de solo e abrigo de insetos;
  • O controle de ervas daninhas é preventivo: manual e mecânico (roçadas);
  • Teor de nitrato na planta é baixo;
  • Os efeitos no meio ambientes são positivos: preservação do solo e das fontes de água.

10 motivos para consumir produtos orgânicos

  1. Proteger as futuras gerações;
  2. Prevenir a erosão do solo;
  3. Proteger a qualidade da água;
  4. Rejeitar alimentos com agrotóxicos;
  5. Melhorar a saúde dos agricultores;
  6. Aumentar a renda dos agricultores;
  7. Apoiar os pequenos agricultores;
  8. Prevenir gastos futuros;
  9. Promover a biodiversidade;
  10. Descobrir sabores naturais.

Características

O princípio da produção orgânica é o estabelecimento do equilíbrio da natureza utilizando métodos naturais de adubação e de controle de pragas.

O conceito de alimentos orgânicos não se limita à produção agrícola, estendendo-se também à pecuária (em que o gado deve ser criado sem remédios ou hormônios), bem como ao processamento de todos os seus produtos: alimentos orgânicos industrializados também devem ser produzidos sem produtos químicos artificiais, como os corantes e aromatizantes artificiais. Pode-se resumir a sua essência filosófica em desprezo absoluto por tudo que tenha origem na indústria química. Todas as demais indústrias: mecânica, energética, logística, são admissíveis desde não muito salientes.

A cultura de produtos orgânicos não se limita a alimentos. Há uma tendência de crescimento no mercado de produtos orgânicos não-alimentares, como fibras orgânicas de algodão (para serem usadas na produção de vestimentas). Os proponentes das fibras orgânicas dizem que a utilização de pesticidas em níveis excepcionalmente altos, além de outras substâncias químicas, na produção convencional de fibras, representa abuso ambiental por parte da agricultura convencional.

A pedologia limitou-se durante décadas ao estudo da estrutura físico-química do solo. Hoje a agronomia se ressente de seu desconhecimento da microfauna e microflora do solo e sua ecologia. Estima-se que 95% dos microrganismos que vivem no solo sejam desconhecidos pela ciência.

O nome agricultura orgânica não é unanimidade, nem parece ter um significado etimologicamente correto, mas tornou-se reconhecido como sinônimo de “agricultura mais perto da natureza”. Não se refere, porém, a um único método de agricultura. Há quem diga que se trata mais de uma ideologia do que de um conjunto de técnicas agrícolas.

Entre as correntes que se contrapõem à monocultura convencional, e são por isto chamadas alternativas, estão:

  • Agricultura orgânica e biológica, baseadas nas observações que Sir Albert Howard fez, no começo do século XX, dos métodos de agricultores indianos. O princípio de sua teoria é que a sanidade vegetal depende do húmus do solo, que se produz na presença dos microrganismos.
  • Agricultura biodinâmica, nascida das palestras proferidas por Rudolf Steiner em 1920. Toda a sua teoria baseia-se no princípio de que a sanidade vegetal depende de sua inserção na “matriz energética universal”.
  • Agricultura natural, proposta por Mokiti Okada em 1935. Vê na reciclagem, que imita os processos da natureza, a base da sanidade vegetal e animal que, de acordo com ele, é a base da sanidade humana.
  • Permacultura, desenvolvida em 1975 na Austrália por Bill Mollison. Reúne técnicas tradicionais de vários povos indígenas já extintos, e une-as à integração com a ecologia local, e a ecologia humana.

Na prática, essas correntes têm pontos em comum, e suas práticas diárias não diferem significativamente. Fazem todas elas parte da mudança de paradigma que está em processo: o modelo cartesiano de causa-efeito sendo substituído nas ciências da vida pelo modelo sistêmico.

Práticas para viver mais próximo à sustentabilidade

CONSUMO CONSCIENTE: seja coerente na hora de consumir, saiba a origem dos produtos que você consome. Invista em empresas que tenham responsabilidade social e ambiental. Nós consumidores somos responsáveis por manter as empresas no mercado, portanto, pense bem na hora de consumir.

AMAZÔNIA: a maior parte da madeira nativa ilegal retirada da Amazônia, não vai para o exterior e sim para abastecer a região Sudeste do Brasil, sobretudo Rio de Janeiro e São Paulo. Portanto, preste atenção na procedência da madeira que você consome, não contribua para o desmatamento da Amazônia. Compre somente madeira certificada pelo FSC – Forest Stwartship Council.

MATA ATLÂNTICA: o palmito juçara (Euterpe edulis), era uma espécie muito abundante na Mata Atlântica. Hoje, em muitos locais esta espécie não existe mais, porque existe uma exploração predatória, onde retira-se o palmito antes mesmo da espécie se reproduzir (o juçara demora em torno de 7 anos para frutificar). Não compre palmito juçara na estrada nem no supermercado, prefira pupunha (Bactris gasipaes) e açaí (Euterpe oleraceae), espécies que não estão ameaçadas. Não compre caso não esteja identificado qual palmito está no vidro.

COMPRAS: ao fazer compras em feiras e supermercado, leve uma sacola de casa, assim você evita os saquinhos de supermercado. Caso você tenha esquecido a sacola em casa, coloque as compras em caixas de papelão. O papel é produzido a partir da celulose, extraída principalmente do Eucalipto, sendo assim um recurso natural renovável e ainda o tempo de degradação é infinitamente menor que o plástico. Portanto, prefira embalagens de papel as de plástico. A natureza agradece!

ALIMENTOS ORGÂNICOS: consuma alimentos produzidos organicamente, além de trazer benefícios a sua saúde e do agricultor que está produzindo, você não estará contribuindo com a poluição do solo e dos mananciais.

AGRICULTURA FAMILIAR: procure comprar direto do produtor, pois além de contribuir para o fortalecimento da agricultura familiar, você estará conhecendo de perto quem produz o alimento que você consome e assim garantindo alimentos mais saudáveis.

CARNE: diminua o consumo de carne, pois a pecuária ainda é responsável por boa parte do desmatamento na Amazônia. A pecuária extensiva praticada no Brasil, é uma atividade extremamente impactante, causando a compactção dos solos e impedindo a regeneração das espécies arbóreas nativas. Pense isto na hora de comer carne bovina!

DESCARTÁVEIS: não utilize copos e pratos descartáveis. O plástico é produzido a partir do petróleo, que além de ser um recurso não renovável, consome muita energia em sua fabricação e gera lixo. RECICLE: antes de reciclar, tente reutilizar, para poupar a energia gasta na reciclagem. Separe o lixo em sua residência, no começo parecerá difícil mas de depois que você se acostumar perceberá que não custa nada. O lixo orgânico representa aproximadamente 60% do lixo gerado em uma residência, aproveite este material e faça adubo para seus vasos e jardins. Mesmo em apartamentos é possível fazer composteira. Em diversas cidades já existe coleta seletiva de lixo e onde não houver, existem sempre catadores de lixo que fazem este trabalho.

ENERGIA: economize energia elétrica. Só use aparelhos elétricos se for realmente indispensável. O chuveiro elétrico consome 40% da energia de uma casa, substitua por aquecimento solar, além de mais ecológico é também mais econômico. Utilize pilhas recarregáveis, já existem até recarregadores solares.

RECICLE: antes de reciclar, tente reutilizar, para poupar a energia gasta na reciclagem. Separe o lixo em sua residência, no começo parecerá difícil mas depois que você se acostumar perceberá que não custa nada. O lixo orgânico representa aproximadamente 60% do lixo gerado em uma residência, aproveite este material e faça adubo para seus vasos e jardins. Mesmo em apartamentos é possível fazer composteira. Hoje, o lixo vale dinheiro e muitas cidades já fazem a coleta seletiva de

PRODUTOS DE LIMPEZA ECOLÓGICOS A maioria dos produtos de limpeza encontrados no mercado são tóxicos e devido sua composição, trazem mais problemas do que benefícios. Além disto, o cloro, presente em grande parte dos produtos, é uma substância extremamente poluente ao meio e irritante aos olhos, nariz e pele. Existem várias formas de minimizar o impacto na natureza, é só uma questão de se acostumar:

DETERGENTE: é um produto altamente nocivo ao meio ambiente pois quebra a tensão superficial da água. Embora esteja escrito na embalagem que o detergente é biodegradável, a grande maioria não é. Na verdade, tudo é biodegradável, porém o tempo necessário para se degradar, varia para cada substância, dependendo das condições do meio. Como o detergente demora muito tempo para ser degradado, causa um grande impacto onde é lançado, provocando a morte de plantas e animais. Tome cuidado! Não utilize detergentes comerciais, você estará contribuindo para a degradação no planeta! Detergentes comerciais são projetados para produzirem espuma desnecessária, substitua-os por sabão dissolvido previamente em água quente ou faça seu próprio detergente clique aqui para ver as receitas.

ÁGUA SANITÁRIA: é composta de cloro, um produto muito poluente ao meio, pois o efeito sanitário extermina todas as formas de vida, inclusive nos rios e solo onde são despejadas. Para branquear roupa, deixe-as ensaboadas (com sabão de coco), quarando no sol ou coloque uma trouxinha de cinza com as roupas de molho. Você pode também deixá-las de molho na água com meio copo de bórax (substância não tóxica encontrada em farmácias)

SABÃO EM PÓ: também é um produto altamente químico e poluente, quanto mais branqueador e eficiente na limpeza, mais poluente será. Utilize sabão de coco em pó, que por ser um produto mais natural, agride menos suas roupas e o meio ambiente. Veja também receitas de sabão em pedra que você pode fazer em casa.

DESINFETANTE: a maioria dos desinfetantes tem efeito tóxico para o meio ambiente Veja aqui receitas alternativas para limpeza.


Deixo por fim o vídeo ” A História das coisas ” (story of stuff), que ilustra as GRAVES consequências de se manter um sistema linear e insustentável.





Links para mais informações

- Documentário: A Última Hora (*.torrent) – Dublado
- Documentário: O Mundo segundo a Monsanto (*.torrent )
- Documentário: O Futuro dos Alimentos (*torrent + aquivo de legenda)
- IPEMA Insituto de Permacultura e Ecovilas da Mata-Atlântica
- Revista sustentabilidade
- Portal da permacultura no Brasil
- Rede de Permacultores no Brasil
- Permacultura no ambiente escolar
- Comunidade “Permacultura” no Orkut
- Alimentos Orgânicos – Ministério da Agricultura (PDF ilustrada por Ziraldo)
- Curso de BioConstrução (PDF)
- Viver Sustentável Blog
- Coletivo Permacultores Blog

Alternativas Ecológicas

- Banheiro Seco O que é e Como fazer
- Carneiro Hidráulico O que é e Como fazer.
- Caixa Orgônica Alternativa para conservação de alimentos
- Nozes de Saponária Detergente Ecológico e Econômico
- Tijolo Ecológico

Fontes

http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura_organica
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ecovila
http://pt.wikipedia.org/wiki/Permacultura
http://pt.wikipedia.org/wiki/Auto-sustentabilidade
http://www.ipemabrasil.org.br
http://www.ipemabrasil.org.br/dicas.htm
http://www.ipemabrasil.org.br/receita.htm
http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=111403


Source: http://mundocogumelo.wordpress.com

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