quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Do consumismo à guerra

Ryszard Kapuscinski
entrevista em 'Letras Livres'
14 de Novembro de 2007





Os ocidentais querem consumo, mas temem a guerra. Estám relacionados ambos termos? O jornalista polonês Ryszard Kapuscinski analisa como o mantimento da sociedade da opulência precisa o saqueio do exterior e a passividade na própria casa. Umha nova forma de vida impujo-se em Ocidente, mas a custa de desenhar guerras de alta tecnologia que permitem dominar naçons inteiras sem que os agressores recebam resposta. Um retrato sintético do nosso mundo. A civilizaçom moderna em Ocidente basea-se no entretimento. É umha cultura da alegria consumista, das eternas férias, do turismo, do lazer, do tempo livre, das compras sem fim. Os líderes destes países sabem que umha sociedade assi, hedonista, o último que quer saber é de vítimas e de guerras. Mas ao mesmo tempo, o mundo ocidental precisa fortalecer a sua presença no mundo, manter as suas reservas de gás e de petróleo e todas as cousas que derivam deste imperativo. Isto sem pôr em contra a opiniom pública dos seus países, mesmo diria dos nossos países. Por isso se tivo que inventar um método que, por umha banda, permita à sociedade continuar com o seu ritmo de consumo e a sua vida dedicada ao lezer e, por outro, simultaneamente, conserve os nossos recursos e a nossa influência no mundo. Desse dilema vem o conceito de guerra sem vítimas, único na história da humanidade (...)

Este tipo de guerra é possível graças a um enorme e rápido desenvolvimento electrónico e tecnológico, som guerras informáticas, e graças a um elevado gasto militar, já que som guerras custossíssimas, porque todos os dispostivos desta nova nova guerra custam fortunas. A tecnologia e o dinheiro permitem inventar esta nova estratégia e novo modelo de guerra, baseado na informaçom e na comunicaçom e que requer fundos sem límites para inventar e desenvolver avions ou tanques sem pilotos, com todo o seu sofisticado sistema a controlo remoto. Isso utilizou-se pola vez primeira em Iraque, logo em Kosova e agora de novo no Afeganistám.






Source: http://www.galizalivre.org

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