O projeto, chamado Feelix Growing, envolve 25 profissionais, entre especialistas em robótica, psicólogos e neurocientistas, e prevê um investimento de 2,3 milhões de euros (cerca de R$ 6,3 milhões) em três anos.
De acordo com a coordenadora do Feelix Growing, Lola Canamero, o objetivo é criar robôs que "aprendam com os humanos e respondam de uma maneira apropriada dos pontos de vista emocional e social".
Para isso, os robôs que estão sendo desenvolvidos receberam sensores especiais, que permitem perceber a reação dos humanos a eles.
Bebês
Canamero compara os robôs a bebês, que desenvolvem seu comportamento a partir dos movimentos e das emoções que percebem à sua volta.
No projeto, a estrutura dos robôs em si é simples: o aspecto-chave é o software que eles recebem para interpretar os sinais dos humanos.
Esses sinais são recebidos nos robôs por meio de câmeras, receptores de áudio e sensores que percebem contato físico e a distância que as máquinas estão das pessoas.
A resposta "emocional e por contato" dos humanos são alguns do elementos que vão ajudar os robôs a aprender como devem reagir, de acordo com Canamero.
"(O aprendizado depende da) a resposta tátil e emocional, por meio de um reforço positivo (por parte das pessoas), como palavras e reações agradáveis, ou ajudando o robô a fazer algo se ele estiver com problemas", disse.
A análise do movimento das pessoas é também um importante fator de desenvolvimento emocional para o robô.
"O movimento diz muito sobre o estado emocional. A proximidade física entre humano e robô, e a frequência do contato humano. É por essas coisas que nós esperamos detectar os estados emocionais que precisamos."
Comportamento animalOs parceiros do projeto – instituições de pesquisa e universidades de França, Grécia, Alemanha e outros países europeus – estão construindo diferentes robôs concentrando suas atenções em formas específicas de interação emocional entre as pessoas e as máquinas.
Um dos primeiros robôs construídos no projeto já está demonstrando ter desenvolvido um comportamento semelhante ao de pássaros e mamíferos recém-nascidos.
"Eles (os animais) desenvolvem uma ligação com o primeiro objeto que vêem quando nascem. É geralmente a mãe e é isso que faz com que a fiquem seguindo."
"Nós temos um protótipo de robô que segue as pessoas e pode se adaptar à forma como os humanos interagem com ele. Ele segue (as pessoas) mais de perto ou mais de longe, dependendo de como os humanos se sentem quanto a isso", disse Canamero.
No final do projeto, dois robôs devem ser construídos, incluindo diferentes aspectos das máquinas sendo desenvolvidas na Europa.
Source: http://www.bbc.co.uk
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